terça-feira, 21 de agosto de 2007

Portas de Montemuro



As ruínas da Muralha das Portas de Montemuro, em Parada de Ester (Castro Daire) é um sítio arqueológico considerado como Imóvel de Interesse Público.

No século XIII era já referido nas Inquirições de 1258. A estação arqueológica é partilhada por dois concelhos vizinhos: Castro Daire e Cinfães. Segundo alguns autores, o sítio atesta os escassos vestígios de um povoado fortificado da Idade do Ferro, que se pode considerar como fazendo parte da cultura castreja. O "castro" terá, depois, sido reutilizado pelos romanos e durante a Reconquista, por D. Afonso Henriques (note-se que alguns terrenos circundantes terão pertencido a Egas Moniz).

O termo Portas terá surgido oficialmente, pela primeira vez, no foral da vila de Bustelo, concedido no século XIII, sendo também designado como Muro das Portas ou, simplesmente Muro, pelos caçadores e pastores que passam pelo local e referir-se-á, talvez, à passagem de rebanhos transumantes da Serra da Estrela.

Existe uma capela perto do local, numa atitude típica de adopção pela religião cristã dos locais sagrados ou supostamente sagrados da época pagã.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Monumentos de Cinfães


Igreja Românica de Tarouquela


Na zona de Cinfães podem-se encontrar variados monumentos de interesse histórico:

- Igreja Românica de Tarouquela (séc. XII)

- Igreja de S. Miguel de Escamarão; templo de características românicas

- Igreja Matriz de Cinfães, de raiz medieval, construída no séc.XVIII

- Igreja Paroquial de S. Cristovão de Nogueira, monumento de características românicas

- Ruínas das Portas do Montemuro, construção proto-histórica de defesa militar. Hoje, restam simples vestígios desta grandiosa obra.

- Pelourinho de Cinfães

- Penedo da Chieira, penedo de granito com motivos insculturados e esculturados

- Aldeia de Boassas, considerada a segunda aldeia mais portuguesa

- Barragem e albufeira de Carrapatelo no Douro

- Forca, na Vila de Cinfães

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Enquadramento histórico e local

Cinfães é terra muito antiga. Os vestígios de povoamento por culturas antigas e pré-históricas são imenso e o próprio vale do Bestança, é também disso um bom exemplo. Ai existem alguns importantes monumentos megalíticos, como o Menir de Tendais e as Mamoas de Chão de Brinco, em S. Pedro do Campo, mas também notáveis vestígios de povoações castrejas como o Castro de Aldeia (conhecido também como Castro Cio, Monte das Corôas); o Castelo de Tendais; o Castro das Portas de Montemuro; o de Paradela; etc...

Todo o concelho se encontra, aliás, repleto de monumentos arqueológicos dignos de interesse, como se pode ver no seu recente Roteiro Arqueológico.

A romanização também se fez sentir de forma bem vincada em Cinfães e até os próprios castros já citados acabaram por ser "romanizados". Algumas estradas romanas cruzaram o território cinfanense, pois que na documentação medieval alguns caminhos surgem designados como "carreirum antiquum" ou então por "carril veterem".

Estas estradas, partiam do Douro para o interior e foram construídas ao longo dos vales dos principais rios de Cinfães - Paiva; Bestança; Sampaio e Cabrum. Para além das estradas romanas outros vestígios da mesma época têm aparecido um pouco por todo o concelho de Cinfães, como é o caso de uma estrutura habitacional em Passos (Tarouquela); Chieira (Cinfães); Paradela/Sequeiro Longo (Cinfães), para além de vários achados avulsos, como estelas funerárias; epígrafes; fustes e colunas; moedas; fragmentos cerâmicos; etc...

A presença árabe encontra-se aliás bem assinalada, sobretudo por uma toponímia expressiva, em aldeias como Boassas; Saímes (...). No entanto também outros vestígios poderemos ver dessa época, nomeadamente: lagares escavados na rocha na Chamusca e no Tapado; uma azenha datada de 1072 em Boassas; os azulejos "mudéjares" da Igreja de Escamarão; etc.(...)

O período medieval a que corresponde a arte românica e em que as terras do actual concelho de Cinfães tiveram grande preponderância, (o próprio rei D. Afonso Henriques foi criado em Cresconhe), é exaltado, sobretudo através de monumentos classificados como a Igreja de Tarouquela, a Igreja de S. Cristóvão de Nogueira e a já mencionada Igreja de Escamarão, mas também em pequenas construções menos conhecidas, como a "Casa do Cubo" em Boassas e a pequena "Ermida do Douro" em Oliveira.

Mas toda a história se encontra bem documentada em monumentos de cada época em Cinfães, (...) no portão armoriado da Quinta da Fervença em pleno centro da vila, do século XVIII, com brasão esquartelado dos Vasconcelos, Gaios, Melos e Pereiras, na profusão de capelas e de casas e quintas brasonadas (...).

Toda esta riqueza patrimonial é ainda complementada em Cinfães pela exuberância das manifestações populares nas suas mais variadas vertentes - arquitectura; artesanato; tradições; etnografia; gastronomia; etc. - e por uma paisagem não menos esplendorosa.

Geografia de Cinfães


(clica no mapa para ampliar)

A área do concelho de Cinfães, composta por 17 freguesias, pertence ao Distrito de Viseu e tem a configuração de um trapézio com 238,76 Km2 situada entre os rios Douro (a norte), Paiva (poente) e rio Cabrum (nascente). A cordilheira de Montemuro domina em toda a sua extensão pelo Sul.

A região incluída no actual concelho de Cinfães, mantém características similares das do concelho de Resende, em que a parte alta abrange a cordilheira de Montemuro e a parte inferior mergulha no Douro.

Ao longo do tempo abriram-se vales profundos, deixando a descoberto cabeços e píncaros, condicionando desde o tempo dos romanos o sistema da lavoura com grandes extensões de terra para regadio, dividida em parcelas sem nunca atingir o latifundismo, separada por lombadas de sequeiro e solo pedregoso.

A área do concelho de Cinfães é rodeada por outros concelhos: Baião e Marco de Canaveses (a norte), Resende (leste), Castro Daire (Sul), Arouca (sudoeste), Castelo de Paiva (oeste).

A Serra de Montemuro, estende-se progressivamente no sentido nascente/poente, num comprimento total de 40Km. Com uma altitude máxima de 1.332m. Desta elevação de terreno nascem outras elevações montanhosas.

Do sopé das montanhas fluem as águas geladas dos ribeiros, afluentes do Douro que caminham em direcção ao vale, recortando-o e tornando-o bastante fértil.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

A vila de Cinfães




Cinfães é uma vila portuguesa no Distrito de Viseu, Região Norte e subregião do Tâmega, com cerca de 3 300 habitantes.


É sede de um município com 241,71 km² de área e 21 318 habitantes (dados de 2004), subdividido em 17 freguesias.


O município é limitado a norte pelos municípios de Marco de Canaveses e Baião, a leste por Resende, a sul por Castro Daire e Arouca e a oeste por Castelo de Paiva.

>Acompanhando a margem esquerda do rio Douro, o concelho desenvolve-se num dos lados da serra de Montemuro.


A região oferece boas condições para a pesca, a caça e os desportos náuticos, concretamente na albufeira do Carrapatelo.


Nos tempos pré-históricos estas terras atraíram povos que aqui se fixaram, como o podem provar o seu património arqueológico e toponímia dos lugares.


Em 1513, D. Manuel deu foral a esta vila, que em tempos já tinha sido senhoriada por Egas Moniz, onde com ele, viveu D. Afonso Henriques nos primeiros anos da sua vida.


A principal actividade de Cinfães é a agricultura, onde predominam o vinho verde, o milho e frutas várias. A cozinha é variada e o artesanato continua bem vivo e procurado. Ainda se produzem peças para serem usadas no quotidiano, como os cestos e cestas para vindimas, os tamancos e os chapéus de palha, normalmente utilizadas pelos agricultores. O escoamento que ainda vai havendo para estes produtos é benéfico para a continuidade de artesãos nesta região.


Apesar de algum desenvolvimento desordenado, em termos arquitectónicos, Cinfães sabe preservar o que tem de melhor.


As freguesias de Cinfães são as seguintes:

















Travanca

Mapa do concelho de Cinfães





Outros dados estatísticos:

Densidade populacional – 93 hab./km2
Fundação do município (ou foral) – 1513
Feriado Municipal – 24 de Junho

Website oficial – http://www.cm-cinfães.pt/